terça-feira, 26 de outubro de 2010

O SPORT PERDEU UM CRAQUE, O FUTEBOL GANHOU UM REI: PELÉ!

23 de outubro de 2010, o REI completou 70 anos. Recebeu muitas e merecidas homenagens. PARABÉNS AO REI! Mas o que poucos sabem - e nem ele mesmo sabia -, é que a HISTÓRIA poderia ter sido bem diferente: PELÉ foi oferecido ao SPORT, que não o aceitou. Afinal, queria um jogador "de peso", não uma promessa:



Causo? Lenda? Não! A mais pura verdade. Vou lhes deixar com o jornalista Sérgio Miguel Buarque, do Diário de Pernambuco, que em 23/01/2000, na reportagem O dia em que o Sport disse não a Pelé, assim escreveu:

"(...)  Durante muitos anos esse fato foi questionado e estava fadado a entrar para a posteridade como mais uma lenda do futebol.

Mas agora, 42 anos depois, os incrédulos terão que se curvar às evidências. A reportagem do DIARIO teve acesso a um telegrama, que se julgava perdido ou inexistente, comprovando o oferecimento de Pelé ao rubro-negro pernambucano. A relíquia estava guardada a sete chaves pela família Menezes, a mesma de Ademir, artilheiro da Copa de 50.

Adamir, primo do Queixada, foi quem intermediou a negociação. Por isso, ele acabou ficando com o documento. "Papai era representante comercial e tinha muitos contatos com os clubes de São Paulo. Conversando com o presidente do Santos, ele pediu alguns reforços para o Sport. O telegrama foi a resposta a esse pedido", explica Ronald Menezes.

Com a morte de Adamir, a guarda do precioso telegrama ficou com sua esposa, dona Elza Menezes, e com os cinco filhos do casal, todos rubro-negros doentes, de carteirinha. "Nós sabíamos que, algum dia, iríamos dar esse documento histórico de presente ao Sport. Por isso, guardamos com tanto carinho", falou Adamir Júnior, o mais novo do clã dos Menezes.

Os Menezes guardaram o telegrama com tanto cuidado que a história quase cai no esquecimento. Segundo dona Elza, nem o próprio Pelé sabe da existência do documento. "Sempre quando vinha ao Recife, acompanhando a equipe do Santos, Pelé passava em nossa casa. Lembro que a rua ficava cheia. Mas eu nunca mostrei o telegrama a ele e acredito que meu marido também não".

Apesar da vontade da família em repassar o telegrama ao Sport, a oportunidade só surgiu por acaso, num churrasco, semana passada. Os irmãos Menezes encontraram o diretor de Futebol do clube, Fernando Lima. No meio da conversa surgiu o assunto. Fernando não perdeu tempo e confiscou o documento para o museu rubro-negro. "Vamos fazer uma grande homenagem a esta família para agradecer a doação", avisou o dirigente. (...)"


O fato: novembro de 1957, a fim de reforçar a equipe, o SPORT procurou o SANTOS. Queria OLAVO. Modesto Roma negou o empréstimo de Olavo, e ofereceu CIRO e o "garoto PELÉ, de muito futuro". Mas JOSÉ ROZENBLIT - um dos melhores diretores e presidentes da HISTÓRIA DO SPORT -, não aceitou.

Pelé ficou no Santos. Meses depois, na Suécia, conquistava a COPA DO MUNDO e ganhava o título de REI DO FUTEBOL!

E se ficasse no SPORT? Seria craque do mesmo jeito! O convocariam para a SELEÇÃO? Provavelmente, pelo menos em 1958, não! Assim como aconteceu com ADEMIR, VAVÁ, MANGA, RILDO, JUNINHO PERNAMBUCANO - ex-jogadores do SPORT -, só o convocariam depois de ir jogar no "SUL MARAVILHA"...

Como consolo, em 14 de janeiro de 1963, antes do jogo SPORT 1 x 1 Santos, pela TAÇA BRASIL, na presença de mais de 28.000 pessoas - inclusive eu -, PELÉ recebeu o TÍTULO Nº 001 DE SÓCIO PATRIMONIAL DO SPORT.

Mais de 50 anos depois, graças à Nestlé, PELÉ pôde, finalmente, vestir a camisa do SPORT:

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